sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Depoimento de um viciado


São duas manha,
Eu de calça e blusa.

O tempo frio,
do céu só cai a chuva.
Eu sou sozinho parceiro,
E isso é "foda"

Eu sinto crise.
Eu sinto convulsão.
È triste o meu estado,
Meu irmão.

30 Quilos mais magros
Vai vendo, o meu resultado
è a pura essência do veneno.

O vicio tira a calma.
A cabragem me acelera.
O demônio me rouba a alma.
O inferno me Sequestra.

Cadê a luz,
Que vem lá do ceú.
Cadê Jesus,
Pra julgar este réu.

Tenho vontade de morre,
Constantemente.
O descontrole da mente,
Me deixa impaciente.


EU saio,
Que nem um louco pela rua.
Meu único mano,
é um cano na cintura.

Eu preferia ta falando de amor,
falando das crianças.
E não na minha dor.

Mais eu sou o espelho,
da agonia de um homem.
Sem identidade, caráter Ou nome.

Sem Mercedes, Audi ou Mitsubishi
consumidor da praga apocalipse
Tão jovem e sem esperança de vida.
Tão novo é já suicida.

São duas manha e ainda faz chuva,
E o meu pesadelo só continua.

Comecei de forma curiosa.
Um cigarro de maconha,
Não era droga.
Pelo menos era o que me falaram


Experimentei, nem eu mesmo acreditava.
Minha primeira vez, Senti outra sensação
A Segunda foi mó barato de ilusão
Terceira estava viciado

Mundo dos sonhos,
Me sinto mais leve
Enquanto isso meus neurônios fervem


Se pudesse votar atrás,
Nega aquele maço.
Seria um milagre inesperado

Ohh o mundo gira..
Cheguei na quinta cocaína
Eu num tenho orgulho
Mais uma coisa eu lhe seguro

Diga não pra essa parada
Pois quando tu entra
Você esta na maior roubada.

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